Poema do fim da rua

Não posso aspirar a um sucesso presente,
exijem-me o atrapalho da fama crua,
e não me perdoam a mais ínfima fraqueza.
Fazem-me estar aqui, prostrado e inútil,
sobre as pedras raras e polidas,
neste ponto distante, aqui, exactamente!
Obrigado a mendigar, de pé, numa rua,
aguardando o dia, que à noite se reveza,
em sombras infinitas de um ser fútil,
que ainda espera por certezas despidas.

Casimiro Teixeira

Sem comentários:

Enviar um comentário